quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INTERCÂMBIO ESPORTIVO



Inicialmente, penso ser necessário destacar um pensamento equivocado sobre o papel da escola que permeia o imaginário de algumas pessoas. Trata-se do mito que sugere ser a escola uma instituição que está apta para a resolver todos os problemas sociais. Esta é uma maneira ingênua de conceber o papel da escola. Sem dúvida que a transformação social perpassa pela escola, no entanto, ela não é o único meio social educativo.

Na verdade, como diz Libâneo (2005, p. 27), “estamos em uma sociedade genuinamente pedagógica.” Ou seja, os agentes educativos de caráter formal (são aqueles que atuam a partir de uma intencionalidade, de uma estrutura e de uma sistematização. Exemplo: escolas), informal (esta instância é o ambiente sociocultural) e não formal (são aqueles que estão fora dos limites institucionais, mas que organizam-se com uma certa sistematização e estruturação), atuam, objetivamente, sobre os sujeitos educando-os.

Assim sendo, esperar que a escola seja o único mediador capaz de conduzir os alunos por um caminho de transformação sócio-político que repercutirá no meio social, é eximir de suas responsabilidades, nesse processo, a família e os veículos midiáticos, por exemplo. A rigor, sobrecarregar a escola com esta “missão impossível” acabará por levá-la a perder o seu foco que é o de contribuir sim para as transformações sociais positivas.

Pontuada esta questão, pensemos sobre o papel da escola na contemporaneidade.

O educador Paulo Freire insiste em seus escritos ser essencial que o docente articule-se em sua práxis como um sujeito que estimule o discente a desenvolver uma consciência crítica a respeito do sistema no qual este está inserido. Sem desejar estar entrando na defesa da ideologia marxista e no ataque ao pensamento neoliberal, ou vice-versa, penso ser correto o pensamento freiriano. A tarefa de um professor deve, ou pelo menos deveria ser, a de atuar em parceria com o aluno com vistas à autonomia do mesmo quanto ao pensar crítico.


A meu ver, a escola precisa arrojar-se como um veículo que desperte nos alunos a capacidade de começar a pensar e continuar a pensar, com seriedade, a respeito das realidades sociais prementes do nosso tempo. Aos seus alunos, deve a escola ir conscientizando-os sobre as questões importantes que ditam a vida social bem como deve ela fomentar a análise criteriosa destas e a decisão por parte daqueles de interferirem positivamente no tecido social.

Mas quais seriam essas realidades sociais sobre as quais a escola deve ensinar os alunos a refletirem e atuarem sobre? Questões relativas ao meio-ambiente; a gravidez indesejada na adolescência; as questões ligadas às diversidades; os problemas vinculados às drogas e à violência; a ética; os próprios problemas na esfera educacional; o consumismo e a desvalorização do núcleo familiar são alguns exemplos.

A escola tem um papel importantíssimo a desempenhar nesse contexto que objetivamente está marcado por conturbações, dúvidas, relativismos, medos, etc. Ela, de alguma maneira, precisa possibilitar aos docentes e discentes a condição de irem buscando conformar esta sociedade a uma realidade mais justa, mais igual, menos perturbada e menos preconceituosa.

Caso alguém queira afirmar que é uma utópia, no sentido negativo da palavra, esperar que a escola, um Aparelho Ideológico de Estado[1] – como denominara Louis Althusser –, interesse-se por ir formando sujeitos cada vez mais críticos e mais aptos para interferirem no estado de coisas que aí estão presentes, eu entenderei e até continuarei a me preocupar com esta antinomia. Contudo, como diz Paulo Freire, eu “não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar” (1996, p. 77).

Inexistindo uma iniciativa da instituição escola para viabilizar esse processo de formação crítica dos alunos, não esqueçamos (nós professores, e também aqueles alunos que já alcançaram uma criticidade aguçada) que, no interior da própria escola, é possível irmos implodindo os edifícios que obstruem o caminho da formação de sujeitos sociais pensantes e atuantes.

Por Zwinglio Rodrigues

Foi com base neste tão expressivo artigo, que nós enquanto escola, tomamos a iniciativa de elaborar projetos que viesse de encontro as mudanças necessárias para que a nossa clientela criasse novos paradigmas e mergulhasse de forma prazerosa naquilo que propocionasse uma desenvoltura de entrosamento, não somente nas dependências da Unidade Escolar, mas que promovesse um intercâmbio com alunos de escolas de cidades de outros estado.
Os alunos da escola CAIC-Jorge Humberto Camargo dia 30/09/2010 estiveram em CAROLINA-MA para participarem de jogos das seguintes modalidades:Futsal sub.12 e sub.16 masculino e Voleibol feminino.
A escola que nos abrigou foi um das mais tradicionais da cidade:Colégio Divina Providência, a qual estendemos os nossos eternos agradecimentos por tamanha atenção.Educação se faz assim também, com trocas de gratidão, aprêço, respeito e gentilezas.Obrigada aos professores:Marcus Correia (Educação Física) Márcio Robério e a Coordenadora Valdânia Marion que acompanharam todas as atividades realizadas.
Parabéns por esta iniciativa!

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